Com o tempo este espaço foi deixado de lado, ficando cada vez mais empoeirado, obsoleto, sem conteúdo, enfim, completamente estagnado.

Alguns eventos recentes me instigaram a voltar a escrever, principalmente ao assistir filmes, documentários e séries sobre Hacktivismo. Estes, trouxeram à tona alguns sentimentos que possivelmente haviam se perdido durante minha trajetória na graduação. É sobre isso que se trata este texto.

Cada dia tenho mais insegurança sobre nosso método de aprendizado. Me sinto muito mais um replicador do que um ser pensante, incapaz de elaborar minhas próprias ideias. Venho me convencendo de que a resposta mais correta é sempre aquela que agrada mais o avaliador. Veja bem, não estou dizendo que a culpa sejam  deles (avaliadores). Vai além disso tudo. Faz parte de nosso sistema.

Alunos estão cada vez mais desinteressados em aprender, querem mesmo é saber do canudo ao final do curso, podendo assim ingressar no mercado de trabalho. Ingênuos (ou arrogantes), ignoram a teoria acreditando que a mesma não será utilizada nos meios práticos. Nada mais incoerente com a sua formação (seja ela qual for). É difícil acreditar que o homem chegou até aqui devido o acaso ou “achismos intelectuais”.

É necessário que cada um ande com suas próprias permas. Parar de esperar que o professor dê aquela aula que lhe motive, isto é, engane. Se alimentar de motivações alheias é uma terrível forma de suicídio intelectual, isto deve partir de nós. A busca por conhecimento é solitária e muitas vezes dolorosa, não há como alguém aprender por você. Mesmo que fosse possível, você seria imediatamente substituído.

O aluno não pode exigir que seu professor mude de conduta, aprenda novas tecnologias, melhore sua didática, traga exemplos reais para sala de aula, sendo que o próprio aluno não conhece um sistema operacional diferente do Windows, só saiba trabalhar com MS Office, nem faz ideia da existência de softwares livres. Na verdade nem sabe o que isso significa. O perfil do aluno no final das contas é igual ao de seu mestre, espera que alguém desenvolva a ferramenta que ele necessita. Ou seja, é um profissional passivo onde o mercado ditará as regras e ele seguirá piamente.

Não culpo os educadores pelos seus exemplos em aula do século passado ou aulas extremamente teóricas.  Fundações teóricas são fundamentais em qualquer profissão. O problema está em complicar ou não expor a teoria de forma mais clara. Muitas vezes é notório a falta de capricho na preparação da aula. Isso sim incomoda.