Depois do meu anúncio de migração de área, muitas pessoas questionaram o porquê do meu interesse pela área de desenvolvimento e programação. Agora, depois de um mês atuando como dev, vou tentar explorar em mais detalhes esse meu interesse na área ao longo desse vídeo.

Mas antes, acho importante dizer que o conteúdo desse vídeo diz respeito às minhas impressões e opiniões, diga-se se passagem, bem particulares. Meu intuito não é convencer ninguém de que a área de desenvolvimento é um bom caminho a se seguir ou coisa do tipo.

Talvez eu nem precise dizer isso, mas nunca se sabe como vão interpretar minhas falas por aqui.

Bom, tudo meio que começa na minha infância. Desde que ganhei meu primeiro brinquedo para construir algo, como “tijolinho mágico”, eu passei a amar construir coisas. Quando conheci o Lego então, minha cabeça explodiu e eu passava horas e mais horas construindo algo. A diversão era realmente inventar algo novo, e menos sobre brincar com o resultado do projeto. Na verdade o brincar era construir. Entende?

Isso se estendeu a pistas de autorama, ferrorama, e claro, desmontar carrinhos de controle remoto para fazer algo mais divertido com as peças, principalmente os motores elétricos.

O grande problema disso, eram os recursos limitados.

Minha família nunca foi rica, então as peças de lego eram restritas. Assim que terminava de construir um avião, por exemplo, precisaria demais peças para construir um carro. Ou seja, o avião era desmontado. E assim por diante. Sem contar que as vezes eram impossível construir algo que estava na minha cabeça porque simplesmente não haviam peças suficientes.

Quando conheci programação durante a faculdade, minha cabeça deu um novo estalo.

É isso! Programação é como um lego! Mas agora tenho peças “infinitas” ou quase isso hehe. Na verdade, eu posso criar minhas próprias peças para encaixarem da melhor forma possível em meu projeto. Achei isso sensacional!

A limitação agora não é de recursos, mas minha própria imaginação e habilidades técnicas, isto é, o domínio da sintaxe da linguagem de programação, pelo menos no início.

Mesmo que os recursos computacionais sejam finitos, como CPU, RAM, disco, rede, etc, é super possível tirar do papel praticamente qualquer ideia de projeto pessoal.

Acho que essa é minha real pira com programação: construir algo! Construir alguma coisa útil ou divertida que outras pessoas possam usar e que resolva algum problema no mundo real. Mesmo que esse problema seja meu, como no caso do bot da Twitch, sistema de pontos, integrações com outros serviços, etc. Eu me divirto fazendo isso.

Fico ainda mais feliz de perceber que a cada interação, imagino um jeito diferente para alcançar o mesmo resultado, seja melhorando a performance, legibilidade ou manutenção do código. É muito gratificante ver esse avanço.

De certa forma eu gosto de me sentir desafiado em atividades que exijam de mim e apenas de mim. Tipo, o teclado está ali, esperando que eu comece a digitar algo para ser materializado, só depende de mim. Ir atrás do conhecimento necessário, depende de mim. Fazer e errar, é uma atividade minha, que depende de minhas ações. É meio que um supor poder de imaginar algo e depois materializá-lo. Isso me realiza.

Durante esses 10 anos de carreira na área de dados, sempre me provoquei em programar melhor. Nos últimos 3 anos, assumindo lideranças, percebi que meu tempo na frente do código diminuiu muito. Queria voltar a ter minhas entregas individuais, me desafia a materializar algo. E porque não aproveitar esse movimento de voltar para o técnico e fazer mais uma mudança, adentrando “de verdade” no mundo de desenvolvimento?

Por isso, Dev!